segunda-feira, 27 de junho de 2011

MEU AMOR PRO JUBELINA

Foi do sabo pu dumingo,
Visti a roupa grã-fina,
Se num me faia a mimóra,
Era uma festa junina,
Neste dia me trajei,
Foi air que namorei,
Com a tal da Jubelina.

Vou falar Cuma era ela
Era mermo uma arrumação,
Mais foi ela quem me fez,
Parpitar meu coração,
O zói dela era incarnado,
Era escrito e desenhado,
A formusura do cão.

Ai meu cumpanheiro,
Nós cumeçamo a dançar
Agarrei no seu cangote,
E comecei a lhe cherar
E num era firgimento,
O seu suor fedorento,
Fidia mais que gambar,

E num é que o suor
Me dexor escanchelado,
Quanto mais ela fidia,
Mais eu ficava agarrado,
Pois nem cachaça eu tomei,
E no final eu notei
Que eu estava apaixonado.

Quando foi no outro dia,
Já tive o consentimento,
Para o pai da jubelina,
Já pedir eu fiz o juramento,
Cuma eu tava apaxonado,
Ali mermo dexei marcado
A data do casamento.

Com dez dia de casado,
Nem se quer oiou pra eu,
Eu dixe ho jubelina
Que diabo que te mordeu,
Nessa hora seu moço!
Jubelina falou grosso,
Tu sabe o que aconteceu?

A danada me enrolou,
Não era fruta mais tinha cacho,
Depois foi que eu notei,
Era coisa de deispacho,
Nunca mais vou me casar,
Sem antes examinar,
Da cabeça ité im baxo.

Um comentário: